sábado, 15 de dezembro de 2007

Saúde Integral II

foto residente no blog holosgaia.blogspot.com


A Saúde Integral é muito mais do que a mera “ausência de doença”. É antes um estado de Ser equilibrado e harmonioso que se manifesta dentro e fora do corpo humano e na sua relação com o mundo. O estado natural do corpo é o da saúde, a doença ocorre quando esse estado de equilíbrio é perturbado. Seria portanto de esperar que quando sofremos de uma maleita ocasional, nos fosse diagnosticada e tratada, não apenas a doença mas também, e sobretudo, a origem do desequilíbrio que potenciou a doença.


Curar é mais do que “matar a doença”, curar é devolver o corpo ao seu equilíbrio natural, potenciando a saúde. A ciência médica fica muitas vezes aquém deste resultado, por se concentrar excessivamente no COMBATE à doença e pouco no AMOR à saúde.


Viram a diferença? Todo o combate é agressivo e tem consequências, ainda que nos salve a vida.
Na medicina convencional quase tudo é agressivo desde os métodos de diagnóstico aos medicamentos sintéticos e artificiais e claro às cirurgias.


Ora, os nossos amigos brasileiros, que nestas coisas nos ganham aos pontos, há muito que já perceberam isto, querem ver? Então leiam este ARTIGO que vale a pena!

10 comentários:

alf disse...

Um médico é um pouco como um mecânico de automóveis: tenta reparar a avaria.

Se o carro está avariado porque o dono não trata dele, não muda o oleo, anda por cima dos buracos, não faz revisões, o mecanico nada mais pode fazer do que dar conselhos; e mesmo isso não lhe é exigivel, ao fim e ao cabo a ele interessa-lhe que os carros se avariem.

Ou seja, não me parece que devamos responsabilizar a medicina convencional pelo facto de não cuidarmos de nós.

Podemos procurar ajuda para cuidarmos de nós, podemos encontrar essa ajuda em medicinas alternativas, mas não é para esse tipo de "reparação" que a medicina convencional está preparada; e por uma razão muito simples:

a medicina convencional é a aplicação de conhecimentos obtidos pela metodologia científica e a esta não pode ser aplicada, com os conhecimentos actuais, às complexidades afectivas do ser humano. Ou seja, tem limitações a sua aplicação ao "software" humano, ao contrário do que acontece com o "hardware".

Tratar do "software" humano exige outras metodologias.

alf disse...

Em relação ao post: muito bem escrito! E estou de acordo, no meu comentário anterior apenas pretendi clarificar o que se pode esperar da medicina convencional.

E o artigo brasileiro também é interessante.

antonio ganhão disse...

No susto viramo-nos para a medicina convencional, apenas quando sem esperança ou maleita menor é que nos viramos para as consideradas tradicionais.

Se os médicos da convencional colocassem a mesma empatia que os da tradicional, obteriam seguramente melhores resultados...

Fátima Lopes disse...

Pois é António,

É isso que estou a tentar demonstrar aqui. Não se trata de querer substituir uma por outra mas demonstrar que a medicina convencional (alopática) muito teria a ganhar abraçando os principios das medicinas alternativas.

Manuel Rocha disse...

Quem a Pink aqui descreve em magnificas tonalidades blue é a filha bastarda da especialização que submerge o nosso mundo.

Todos somos especialistas de qualquer coisa e nesse processo de especialização absurda perdemos perspectiva e deixamos de ser capazes de perceber o todo, seja essa todo a pessoa, a sociedade ou o mundo.

Como sabe Pink, Visitadores há poucos e ET's tipo Alf só por cá aparecem quando têm um furo numa nave !

Namasté, Bloguer !

Fernando Dias disse...

Olá Pink & Blue

Apesar de não deixar de ser um médico convencional, formado pela ciência médica de raíz positivista, concordo que a sua visão mais holista da saúde faz todo o sentido. Claro que como em tudo, as coisas nunca são só brancas ou só pretas. Muitas vezes o problema não está nos métodos em si. Por exemplo, quer a aspirina quer a acupuntura podem ser equivalentes desde que devidamente enquadrados. A descontextualização dos métodos terapêuticos e a ganância e oportunismos que existem em todos os lados, são alertas permanentes que devemos ter para um conhecimento prudente, se quisermos ter uma vida mais decente.

O paradigma científico positivista hegemónico tem que dar lugar a um novo paradigma. A propósito do artigo da Revista de Saúde Pública que refere, devo dizer que tenho especial simpatia pelo método de investigação e pela perspectiva fenomenológica. A ciência só progredirá e se desenvolverá se continuar a ter dissidências que possam fazer livremente o contraditório.

Um abraço
Fernando Dias

Fátima Lopes disse...

Obrigada a todos pelos comentários.

Obrigada F. Dias por nos dar a sua visão de um médico que, sendo convencinal não o é. Admiro profundamente a sua capacidade de ver mais além. É disso que precisamos.

Um abraço
Pink

Manuel Rocha disse...

Isto de se ser médico continua a ter os seus privilégios.

Repare F Dias que só você teve direito a menção nominal!!

Alf, António:

Há "alta autoridade " desta coisa onde apresentar reclamação ou partimos directos para a greve ??

Fátima Lopes disse...

OOPPS!!! Parece que me meti em maus lençois!

Vamos lá ver se consigo sair desta.

Alf
Tem toda a razão, já tinha dado o exemplo do mecânico no post anterior. Essa distinção ente software e hardware também me parece bastante ilustrativa.
Quanto à responsabilização, estou inteiramente de acordo consigo, o dono do "carro" tem de cuidar dele, prevenindo e evitando intervenções mais drásticas. Creio também que é aqui que as terapias alternativas podem ajudar (antes que seja demasiado tarde).
Percebi na íntegra o objectivo do seu 1º comentário, é claro que a medicina convencional tem um âmbito de acção limitado e essa é a razão destes posts.
Obrigada pelo simpático elogio ao meu texto.

António,
É bem verdade o que diz, tendemos a ser reactivos em lugar de próactivos.
Significa isto que a mudança de paradigma não se aplica apenas à medicina mas também a todos os que dela usufruem. Além de ser necessária uma visão mais holistica da saúde por parte dos médicos convencionais importa também que o ser humano aprenda a lidar com a sua saúde como um bem precioso, agindo a montante da doença.
Creio que isso, aos poucos, começa a acontecer.
Obrigada pelo seu interesse e participação.


Manuel,
(Que tal me estou a sair até aqui?)

Ora, a bendita especialização! Nem mais!
Tanta especialização e tanta falta de visão de conjunto!
De um modo geral isto é mau, mas na medicina sente-se ainda com maior intensidade. Porquê? Porque há quase um especialista para cada órgão ou conjunto de órgãos e no entanto a “avaria” pode nada ter a ver com o órgão em questão, certo?

Obrigada pelas “magnificas tonalidades”


F.Dias

Por uma questão de justiça tenho de dizer algo mais sobre o seu comentário. Apreciei a distinção que faz entre os métodos em si e a sua descontextualização. Se bem que, à luz do estado-da-arte actual não sei bem como se poderá contornar esse problema.

Folgo em saber que gostou do artigo, eu achei muito interessante e parece-me um caminho de investigação a considerar. Também concordo quanto ao contraditório, ele é importantíssimo para que os progressos ocorram de modo equilibrados e não às cegas seguindo sempre no mesmo sentido sem levar em conta outras perspectivas e envolvências.

(Será que me safei? Ufa que o Manuel não perdoa! Nem a minha oferta de beijos chega para atenuar a demonstração de ciúme!...)

Manuel Rocha disse...

Eu acho que está no bom caminho, Pink...

E vocês companheiros, acham que se retenha a moção de censura ??