Um filme sobre Deus, a Criação do Universo, a Vida, o Amor e as nossas escolhas.
Com imagens lindíssimas, é um filme profundo, perturbador e acutilante.
Dois caminhos:
- O da mãe é o caminho com e para Deus. O caminho da alegria, do amor, da temperança e da fé. No entanto, tudo isso é profundamente abalado aquando de uma perda irreparável. Ainda assim, depois de um luto sofredor a mãe encontra a paz proporcionada pela capacidade de entrega e de rendição.
- O da mãe é o caminho com e para Deus. O caminho da alegria, do amor, da temperança e da fé. No entanto, tudo isso é profundamente abalado aquando de uma perda irreparável. Ainda assim, depois de um luto sofredor a mãe encontra a paz proporcionada pela capacidade de entrega e de rendição.
- O do pai é o caminho do homem mundano. Retrata a separação em relação a Deus, a vontade de se ser um deus na Terra, a ganância, a ambição, a violência. Mas também ele descobre o dom da humildade e desperta finalmente do sono hipnótico que anestesia grande parte da humanidade.
O filho mais velho faz a síntese, dentro de si, de ambos os caminhos.
Em certa medida, segue as pisadas do pai mas as memórias do passado vão transportá-lo de volta às origens e a si próprio.
O filme acaba e ouço na fila da frente: "-Nunca fui tão torturada!"
É assim que muitos vão reagir. Outros vão-se perder em análises a propósito do complexo de édipo e outros ainda vão apenas tecer considerações sobre a construção do filme. E todos têm razão porque o filme dá azo a tudo isso e muito mais. Mas cada um escolhe aquilo a que dá mais valor.
Apesar de toda a controvérsia e de ter sido vaiado em Cannes, o filme recebeu a Palma de Ouro. Essa já ninguém lhe tira.
Termino com duas frases do filme:
"Ama a todos, encanta-te, perdoa"
"O importante é o amor . Se não amares a vida passa num segundo"
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