segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Nanotecnologia em Portugal



Em muitas das estatísticas das quais consta Portugal, aparecemos regra geral, nos últimos lugares das tabelas para as coisa boas e nos primeiros para as coisas menos boas. Uma tendência que é preciso as actuais gerações começarem a inverter. Afinal há que ter orgulho no nosso país e trabalhar para que isso seja possível.

No entanto, importa dizer, Portugal nem sempre fica na retaguarda. Há coisas muito positivas a acontecer, ou em vias disso, pelas quais podemos e devemos ficar satisfeitos e esperançados, de que mais e mais coisas venham engrossar esta lista e colocar-nos numa posição confortável, face ao resto da Europa e do mundo.

A título de exemplo menciono aqui o INL - Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia, que foi recentemente inaugurado em Braga.

30 milhões de euros de investimento inicial
200 cientistas provenientes de várias partes do mundo
100 estudantes de doutoramento
400 colaboradores
26 mil metros quadrados de área de construção
1200 metros quadrados destinados à micro e nanofabricação
30 milhões de euros de orçamento anual

Fruto de um acordo entre Portugal e Espanha, este laboratório permite a adesão de outros países do mundo, enquanto estados-membro.

O seu objectivo é desenvolver projectos em quatro áreas prioritárias da nanotecnologia. São elas: a nanomedicina, a monitorização ambiental e segurança e controlo de qualidade alimentar, a nanoelectrónica e a nanomanipulação molecular. Estas áreas de investigação eleitas como prioritárias, deverão produzir resultados com potencial de aplicação na medicina, no armazenamento de dados e novas formas de produzir e armazenar energia.

José Rivas Rey, catedrático em Física e investigador da Universidade de Santiago de Compostela, questionado sobre uma eventual revolução tecnológica, responde: " Agora que se discutem novos modelos económicos, julgo que as novas tecnologias vão dar uma ajuda, ao fazer surgir novos produtos, mais qualidade, melhores equipamentos, resíduos mais limpos, mais respeito pelo meio ambiente".

Para quem não está familiarizado com o que a nanotecnologia permite fazer, ficam alguns exemplos: bandas magnéticas dos cartões de crédito, os materiais das melhores raquetes de ténis, materiais especiais para automóveis e aviões ou ainda, na área da cosmética, os protectores solares compostos de nanopartículas, entre muitos outros.

"A nanotecnologia pode ser considerada como engenharia a uma escala atómica e molecular e estima-se que o investimento em nanotecnologia, já com imensos resultados práticos, venha a ter um grande impacto económico e social num futuro próximo".

Um projecto com futuro, desenhado para o futuro, inovador e que se pretende empreendedor, encontrando parcerias com universidades e empresas por esse mundo fora, ajudando a desenvolver novos e melhores produtos.

Um bom exemplo de como Portugal por vezes pode estar na linha da frente.



Fonte: Diário Económico

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