sexta-feira, 17 de julho de 2015

A Luz e as trevas...



Percebo que o mundo se encontra numa encruzilhada: por um lado as oligarquias a quererem dominar o mundo quais abutres; por outro, muitos indivíduos comuns a acordarem do seu "sono profundo" e a questionarem aqueles que estão no poder. Também vejo muitas crianças e jovens a mostrarem as qualidades da futura raça-raiz que nascerá no planeta para semear a Nova Era de Ouro.

Entretanto, ainda há muita luta entre a velha e a nova energia, e apesar de acreditar que a nova energia irá vencer, não posso deixar de ver e de sofrer na pele os efeitos nefastos dessa luta. 

A velha energia estrebucha para se manter no poder, enquanto a nova energia se faz sentir, abrindo brechas por onde vai entrando e impregnando o sistema.

Nesta altura na Europa, vive-se uma crise sem precedentes, com vários países super-endividados, como a Grécia, a serem alvo das pressões das elites dominantes, no sentido de serem expropriados (privatizações) e o seu povo escravizado (austeridade). No ar paira ainda a ameaça de um Tratado Transatlântico (TTIP) que a ser assinado poria esses mesmos países nas mãos das grandes multinacionais - o poder a centrar-se cada vez mais nas mãos de meia-dúzia de multimilionários sem escrúpulos. É assim que a velha energia se agita e ataca perante a emergente e luminosa nova energia.

Em pouco tempo, desde o inicio da crise em 2008, temos vindo a descobrir que os nossos governantes não passam de fantoches nas mãos dos oligarcas, corruptos e gananciosos, que querem dominar o mundo. A resistência tem partido sobretudo de pequenos grupos de pessoas, através de protestos, troca de informação e através da criação de comunidades auto-sustentáveis à margem do sistema. Nos meios públicos e políticos a oposição é fraca ou quase inexistente. E quando essa oposição tem os votos do povo, como no caso do Syrisa na Grécia, acaba sendo esmagada pelo poder hegemónico dos conservadores que apenas procuram o poder pelo poder, sem quaisquer fundamentos éticos ou morais nas suas acções.

Vivemos um período caótico na História da humanidade e por todo o lado vemos sofrimento e, corrupção ou abuso de poder, ligados a esse sofrimento. A nova Luz que emerge no planeta ainda não se implantou e muitos ainda dormem um "sono profundo" ao ponto de lhe resistir. Não sabem que resistem ao Amor e à Luz Divina; não sabem que resistem ao que lhes é favorável. Assim, aqueles que procuram por todos os meios a poder absoluto, vão-se beneficiando da ignorância dessa maioria "adormecida".

Sem saberem disso, muitos homens e mulheres, supostamente de bem, acabam sendo embaixadores das trevas, dificultando assim o trabalho da Luz.

Quem como eu consegue ver os dois lados do campo de batalha, sofre. Sofre por se sentir impotente perante mentes tão fechadas que se recusam perceber o que está em causa: a harmonia, a liberdade, a fraternidade, a saúde, o equilíbrio, a solidariedade e o bem mais elevado de todos os seres e do planeta.

Por mais que falemos sobre isto, tentando alertar e esclarecer, fazem-nos orelhas moucas e prosseguem nas suas, quase sempre bem sucedidas, tentativas para defender o sistema.

O sistema não precisa de defensores. Além do mais está podre na sua raiz. O sistema precisa sim, de mentes esclarecidas e destemidas que o olhem com olhos de ver, com visão global e sem medo de questionar os dados adquiridos de muitos séculos.

O sistema está à beira de uma vertiginosa mudança, para o bem ou para o mal, e aqueles que o defendem ainda não perceberam que defendem o mal, quais prisioneiros afectados pelo Síndrome de Estocolmo e por isso apaixonados pelos seus opressores.

E tu, vais continuar a dormir?

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A Astrologia e o "sabe-tudo"...



Ontem no Público, Miguel Esteves Cardoso escrevia este texto:

“Um casal nosso amigo vai ter uma filha em Novembro. Um electricista que foi a casa deles quis saber a data. Mal soube, deu-lhes os pêsames: "Coitada, vai ser escorpião".
Ainda a menina não nasceu e já lhe deram uma personalidade de que não escapará enquanto viver, porque a astrologia assim jura.
A astrologia não é uma "-logia" sequer. Não merece esse sufixo. O nome correcto do que se faz e afirma sob esse falso nome é astromania.
A astrologia é ideal para pessoas estúpidas e ignorantes que querem passar por sábias. Aprende-se uma dúzia de estereótipos e fica-se equipado para a vida.
É um método grosseiro de catalogação, que predefine as pessoas e dispensa o conhecimento profundo e demorado de cada uma.
A própria nomenclatura é suspeita. A astrologia chinesa funciona por anos (é mais boçal mas menos trabalhosa), mas os nomes são todos de bichos. Parece uma brincadeira de crianças em que tu és o macaco, eu sou o rato e a tua prima é uma cabra do pior.
Os escorpiões picam e envenenam. Se calhar foi nisso que o mestre astrólogo electricista estava a pensar. Os leões armam-se em reis da selva e os carneiros marram com prazer, ao contrário dos touros, que só marram porque são teimosos e foram provocados.
A astrologia é um estudo. Mas é um estudo para quem não é capaz de estudar outra coisa. É uma lista de preconceitos e de simplificações.
Cada vez mais há bestas que invocam a astrologia para justificar a dificuldade que têm em pensar.”

Em jeito de resposta, apetece-me dizer o seguinte:

Será que este senhor sabe que um curso completo de Astrologia tem a duração de 7 anos lectivos e que o estudo continua pela vida fora?

Será que este senhor já parou para pensar que a Astrologia foi a mãe da Astronomia?

Será que este senhor já leu alguma coisa sobre  "Os Fundamentos Cientificos da Astrologia" ?

Não me parece. Contudo, ele acha-se habilitado a formular uma opinião sobre o assunto. Baseada em quê? Pergunto eu. Como ouvi ontem num vídeo divertidíssimo (e aviso já que isto soava muito melhor em inglês): “As opiniões são como o buraco do cu. Toda a gente tem uma”.

Mas porquê? Porque razão têm a necessidade de dar opinião sobre temas que desconhecem? Porque razão não são capazes de dizer simplesmente “não sei nada sobre isso, vou investigar”?

O Miguel Esteves Cardoso é escritor, e um bom escritor. Acredito que em termos de escrita tenha grandes lições para nos dar a todos, já sobre Astrologia não é a pessoa indicada para nos esclarecer. Mas sendo um escritor e portanto um “fazedor de opinião”, ao escrever sobre um tema que desconhece, está a fomentar nos leitores opiniões erradas, deturpadas, pré-concebidas e infundadas, sem estimular qualquer espírito crítico verdadeiro. A isto eu chamo irresponsabilidade. O que ele está a fazer é “desinformação”.

Infelizmente ele não é o único que assim procede. Não faltam por aí aqueles, que num simples artigo ou entrevista, destroem sem apelo nem agravo, qualquer coisa que seja conotado de “alternativo”. Como se de uma missão se tratasse, e eles, quais cruzados imbuídos de espirito evangelizador, não tivessem outra opção que não seja a de difamar e denegrir, tudo o que (Deus nos livre) não é ensinado nos bancos da sacrossanta escola oficial.

Mas quem lhes terá confiado tal missão? Serão enviados divinos para nos afastar do pensamento livre?
Sim, porque pensar “fora da caixa” pode representar um perigo para mentes calcificadas que apenas aprendem “by the book” os conceitos, ideias e valores que a sociedade lhes enfia à martelada no cérebro, abdicando de qualquer espírito critico ou de análise sistémica da informação recebida.
Em vidas passadas, estas pessoas devem ter pertencido à Santa Inquisição e respectiva caça às bruxas, e mesmo muitas vidas depois, ainda não se desvincularam da ambição de serem “deus-na-terra”.

Temos pena, não são. E ou eu muito me engano, ou num futuro mais ou menos breve, algumas destas “sumidades” vão ter de engolir, palavra por palavra, tudo o que disseram sobre temas de que nada sabiam. E vai começar pelas terapias alternativas que já estão a ser regulamentadas em Portugal. Lá virá também o dia em que a Astrologia provará o seu valor. Não perdemos pela demora porque como disse Heráclito de Éfeso “A única constante do Universo é a mudança”, e o que hoje é tido como falso saber, amanhã poderá ser o saber que nos faltava. 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Regresso às aulas... mas para que escola?


Em tempo de regresso às aulas, achei pertinente falar aqui um pouco de educação. Da que temos e da que deveríamos ter. Infelizmente a distância é grande entre as duas.

Na minha perspectiva, tudo começa pela educação. A construção de um mundo melhor passa, obrigatoriamente, pela educação das futuras gerações, que terão nas mãos a tarefa e a necessidade, de reinventar o mundo disfuncional em que vivemos actualmente. Nesse sentido, não basta ir à escola. É preciso que a escola cumpra a delicada missão de preparar as crianças e jovens de hoje para serem os cidadãos criativos, construtivos, participativos, conscientes e responsáveis de amanhã, sempre, sem lhes tolher a capacidade de sonhar. Porque tudo, mesmo tudo, o que existe, começou por ser apenas um sonho.

A escola precisa ensinar a pensar e não o que pensar. As crianças devem ser incentivadas a questionar, a brincar com e a interligar conceitos. O que temos actualmente é uma escola que impõe ideias e saberes e que não se permite ser questionada.

Todo o conhecimento deve ser continuamente questionado e revitalizado. As ideias bolorentas produzem um mundo aprisionado ao passado, ao que sempre foi. Se permitíssemos ser continuamente questionados e desafiados pelas nossas crianças e jovens, o mundo evoluiria a uma velocidade muito superior. O conhecimento tem de ser considerado como algo plástico, flexível, evolutivo e não como algo estático e intocável. Deve permitir-se aos jovens, com a sua frescura, trazerem luz sobre os pré-conceitos e as ideias feitas, contribuindo assim, para um conhecimento dinâmico e evolutivo.

A escola, enquanto instituição social, deve estar ao serviço dos mais jovens, e em última instância, da nação. É a escola que se deve adaptar às necessidades de aprendizagem e diversidade dos alunos, em lugar de impor um modelo massificado de ensino, no qual cada aluno, com as suas características, apetências e dons próprios, é forçado a encaixar-se.

Hoje, chegamos ao cúmulo de medicar as nossas crianças para que se adaptem a um modelo de ensino descaracterizado, doentio e disfuncional.

Para quem quiser ter como referência, um modelo de ensino, que promove o ser humano e a sua interligação harmoniosa com o mundo e com todos os seres, sugiro que pesquisem a obra de Rudolf Steiner e a Pedagogia Waldorf (livros, vídeos no youtube, etc…)

terça-feira, 6 de maio de 2014

Utopia?




Actualmente, para sustentar o nosso estilo de vida, já precisamos de 1,5 planetas.  

É verdade que o planeta tem a sua capacidade de auto-regeneração, mas nós estamos a consumir mais e mais rapidamente do que a Terra consegue repor. O que consumimos num ano a Terra leva 18 meses a recuperar.  

Se considerarmos, hipoteticamente, que em Janeiro a Terra tinha 100% da sua capacidade de recursos disponível, com o actual ritmo de consumo, quando chegarmos a  Agosto já esgotámos os 100%. De Agosto a Dezembro estaremos a consumir além daquilo que a Terra nos pode dar. Se continuarmos a este ritmo, segundo projecções da “Global Footprint Network”, em 2050 iremos precisar de entre 3 a 5 planetas. 

Só um cego não veria que se impõe uma mudança radical dos nossos hábitos e estilo de vida. No final das contas temos apenas um planeta para nos sustentar, por isso, quando me dizem que eu sou utópica quando falo de uma mudança de paradigma; que sou utópica quando falo da necessidade de voltarmos a viver em pequenas comunidades auto-sustentáveis; que sou utópica quando digo que nos deveríamos libertar do jugo do dinheiro, apetece-me responder que utopia é acreditar que podemos continuar a aumentar os níveis de consumo e destruição do planeta, porque entretanto vão surgir mais 2 ou 3 planetas para alimentar o nosso consumo desenfreado.

Apetece-me responder que utopia é acreditar que nada precisa mudar e que não haverá consequências negativas das atrocidades que estamos a cometer contra o planeta e o meio-ambiente.

Uma mudança radical não é uma utopia, é uma necessidade! A menos que queiramos deixar para os nossos filhos um planeta assim:



quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Cultura de internauta, sim!



Com a massificação do uso da internet e das chamadas redes sociais, hoje em dia, surgiram também muitos “Velhos do Restelo” que se manifestam contra um certo tipo de “cultura-fast-food” que prolifera na rede, em citações de todo o tipo, cuja autoria nem sempre é atribuída ao seu verdadeiro autor.

Questionam também a legitimidade de se partilharem frases, pensamentos ou excertos de textos, cujos textos integrais são desconhecidos da maioria daqueles que fazem essas partilhas. É uma espécie de "cultura-fast-food”, dirão alguns, criticando as actuais gerações por não terem um conhecimento aprofundado dos clássicos da literatura universal, mas ainda assim terem a “lata” de partilhar excertos desses clássicos sobre os quais nada sabem.

Eu assumo que sou uma dessas internautas. Partilho frases e excertos de textos que me fazem sentido pelo seu conteúdo e não porque foram escritos por A, B ou C.

É verdade que hoje em dia, serão muito poucos aqueles, que sabem citar de cor longos excertos de Shakespear ou de Fernando Pessoa, mas são muitos os que partilham na net curtas frases atribuídas a estes e outros autores.

Gostaria então, de deixar aqui uma palavrinha para os ditos “Velhos do Restelo”, que sempre surgem e se manifestam perante o que é novo e diferente.

Por um lado, os tempos que vivemos são diferentes. A quantidade de informação a que estamos expostos ao longo de um só dia, provavelmente equivale à quantidade de informação, que há apenas algumas décadas, se recebia ao longo de uma ou várias semanas. O tempo acelerou. A forma como acedemos e seleccionamos informação alterou-se obrigatoriamente em função disso. Não há como trazer para o presente os hábitos de leitura tão enaltecidos no passado e tão saudosamente recordados ainda hoje por alguns. O tempo caminha velozmente e sempre em direcção ao futuro, nunca em direcção ao passado.

Por outro lado, vivemos um momento histórico único. Estamos à beira de uma gigantesca mudança a nível mundial. Essa mudança pode ser para melhor, se agirmos rapidamente e fizermos tudo o que estiver ao nosso alcance, ou para pior se nada fizermos e nos limitarmos a deixar o tempo passar. Há no ar uma urgência quase palpável e perceptível por muitos de nós. Não há tempo a perder.

Sabemos hoje que, para que uma mudança para melhor aconteça, precisamos que 10% da população mundial (massa critica) se sintonize com novas ideias e formas de pensar. Algumas dessas ideias não são de facto novas. Muitos no passado já falaram e escreveram sobre elas, mas foram poucos aqueles que lhes aderiram, em grande parte devido ao facto de os seus autores estarem muito à frente do seu tempo. Mas o tempo chegou. Hoje muitas das ideias que não vingaram no passado, estão maduras o suficiente para darem frutos. E é por isso que é tão importante e mesmo URGENTE partilhar, difundir e debater essas ideias. Não há tempo a perder. Não há tempo para lermos todos os clássicos e perdermo-nos em dissertações mais ou menos filosóficas e mais ou menos vãs. Este é um tempo de grandes mudanças que requer acção ágil e rápida da parte de todos nós.

Assim, quando partilhamos uma frase pelo seu conteúdo, podemos sim estar a atribuí-la erradamente a outro autor e podemos desconhecer totalmente o texto integral de onde foi retirada, mas se o seu conteúdo influenciar positivamente alguém, ou muitos, estamos a fazer mais pelo mundo do que faríamos sabendo citar de trás para a frente a Ilíada de Homero.

Os tempos mudam. Tudo à nossa volta está em constante mudança, e só quem se mantém refém de uma mente fechada e inflexível é que não consegue perceber a urgência do momento actual.

A internet, como tudo, tem o seu lado menos bom, mas graças a ela, hoje, podemos difundir uma ideia em apenas alguns minutos para o mundo inteiro. Se escolhermos aquilo que partilhamos, com base na qualidade do seu conteúdo, em vez de nos preocuparmos tanto com os detalhes da forma e do estilo, estamos a agilizar o processo de mudança de mentalidades, pelo qual o mundo anseia desesperadamente. E isto, não pode não ser uma coisa muito importante e muito positiva!

Não defendo contudo, que não devamos ler e falar sobre bons livros e bons autores, mas sei que muitas vezes uma simples frase tem mais impacto do que um livro completo. Importa sermos flexíveis e não cairmos em fanatismos dogmáticos.

Quanto ao facto de uma frase de Buda ser atribuída a Einstein, ambos já morreram há muito. Acho que não virão reclamar direitos de autor. 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A minha manhã de Sábado...


Tinha curso. Hoje tinha a segunda aula do curso de "Desenvolvimento Transpessoal". 
Sai de casa ainda cedo, para ir levantar dinheiro ao multibanco, para pagar a mensalidade. 

O curso é na Rua D. Estefânia, em Lisboa. Cheguei em cima da hora e comecei a procurar estacionamento, mas depois de muitas voltas ao quarteirão, desisti. Era impossível estacionar ali. Fui então em direcção ao Saldanha, onde sabia que iria ter lugar no parque, e estacionei. 

Enquanto tentava pôr moedas no parquímetro, sou abordada por um jovem, que vendia a revista "CAIS". Disse-lhe que não tinha moedas para a revista porque precisava delas para o parquímetro. Ele afastou-se.
Depois de colocar algumas moedas, percebi que o limite eram duas horas e eu iria ficar ali o dia todo. Fiquei irritada, pois já estava meia hora atrasada e ainda teria de interromper o curso para ir pôr mais moedas no parquímetro. Pensei: - "Vou-me embora, desisto, vou faltar ao curso e voltar para casa". Quando voltava para o carro vi ainda o rapaz e chamei-o. Já que não ia ficar, podia comprar-lhe a revista. Ele falou num sotaque que eu não conheci. Perguntei-lhe de onde era e ele respondeu: - "Sou da Moldávia"
"Não tenho dinheiro para comer. Tenho menino em casa doente e não tenho dinheiro para bilha de gás. Pago 300 euros de renda e falta pagar 50 euros." Abriu a carteira e mostrou-me os recibos da renda que confirmavam o que acabava de dizer. Contudo, reparei num pormenor, a morada era na mesma rua onde eu vivi durante toda a minha adolescência. Mais concretamente no prédio ao lado.

Perguntei-lhe se tinha fome, se eu podia levá-lo a comer alguma coisa. Ele agradeceu mas disse que precisava mais de comida para a família. Se eu pudesse ir com ele ao Continente, ali perto, comprar algumas coisas...Tinha a barba por fazer porque não tinha gillettes e de comida, em casa, só tinham bolachas...

Pensei com os meus botões: "Este homem precisa de ajuda e se eu estou aqui não é por acaso. Vou ajudar naquilo que puder."  

Fomos ao Continente e comprámos as gillettes, champô, gel de banho, fruta, carne, iogurtes, massa e óleo. Foi o que ele disse que precisava mais. Também lhe dei quase todo o dinheiro que tinha comigo. Disse-lhe para comprar a bilha de gás. 

Depois perguntei-lhe como iria levar as compras. Ele disse que ía a pé até ao comboio mas eu ofereci-me para lhe dar boleia até casa, já que ficava em caminho, só tinha de fazer um pequeno desvio. 

No caminho conversámos. É órfão e foi criado num orfanato onde conheceu a mulher. Veio para Portugal há 4 anos porque lhe disseram que aqui havia trabalho. Na Moldávia não tem nada. Nem casa, nem família. Tem uma menina de 8 anos e um menino de 5, que sofre de bronquite asmática. A mulher trabalhava em limpezas mas actualmente está sem emprego. Tal como ele, que trabalhava como servente de pedreiro. Agora vende a "CAIS" mas o dinheiro é muito pouco...

Disse-me com os olhos marejados de água: - "Foi Deus que colocou a senhora no meu caminho hoje". Emocionei-me. De facto, Deus actua de formas misteriosas. Se eu tivesse encontrado estacionamento mais perto do curso, se não tivesse andado quase meia hora às voltas, nada daquilo teria acontecido. E ali estava eu, a ajudar um perfeito estranho que, sabe-se lá porque estranha coincidência, mora no prédio ao lado do sitio onde eu morei tantos anos...

Quando chegámos, perguntou-me se eu queria conhecer a casa dele. Eu aceitei o convite. Um apartamento T1, como são quase todos naquela zona, mas limpo e acolhedor. Fui recebida por uma esposa jovem, de cara alegre e redonda e por duas crianças sorridentes e bonitas.

A mobília exígua e pobre, deixa transparecer as dificuldades, mas os rostos estão alegres de agradecimento: "Muito obrigada. Muita saúde para a senhora e para a sua família." 

O mais pequeno não tem brinquedos. Gostava de ter um brinquedo. Eu digo que não tenho crianças mas vou ver o que se arranja.

Deixo o meu contacto e preparo-me para sair. Sou acompanhada pela jovem mulher até ao rés do chão. Na despedida volta a agradecer-me e diz que precisava de sapatos para o menino. "Ele não tem sapatos. Quando saio tenho de o deixar em casa porque ele não tem sapatos." Despeço-me dizendo - "Vou ver o que posso fazer." 

E saio do prédio, escondendo as lágrimas, a pensar em como posso eu ajudar aquela família...

Não fui ao curso e gastei mais dinheiro do que podia, para ajudar aquele homem e a sua família, mas senti-me a pessoa mais feliz do mundo pelo simples prazer de ajudar.

Alguns poderão dizer ou pensar: - tanta família portuguesa a precisar de ajuda e esta vai logo ajudar uma família de romenos! Pois foi esta a família que Deus colocou no meu caminho. Não fui eu que escolhi. Se acreditarmos que Deus sabe o que faz, está tudo certo. Está sempre tudo certo se pararmos de julgar e nos deixarmos conduzir.

E aproveito para deixar aqui o apelo: se alguém souber de um emprego para ele ou para ela por favor contactem-me para hopeinsunrise@hotmail.com. Roupas e brinquedos para as crianças acho que consigo arranjar. Obrigada.


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Confissões de uma mulher com defeitos!


A maioria de nós tem, pelo menos, duas imagens: a pública e a privada. A pública, salvo as excepções habituais, é toda bonitinha e engomadinha como convém; a privada às vezes nem por isso.

Se me deixarem durmo 12 horas seguidas todos os dias; fumo o primeiro cigarro da manhã antes de tomar o pequeno almoço; tomo banho à noite e não de manhã; a minha casa não vê pano do pó nem esfregona, às vezes, durante várias semanas; não engomo camisolas, t-shirts, lençóis, toalhas nem calças de ganga. Quando não há comida no frigorífico faço mistelas que nem os gatos comeriam; esqueço-me de substituir as toalhas da casa de banho até ser impossível usá-las; tenho acessos de raiva que nem com vacina….

Quando perco as estribeiras é a sério e saiam da frente; não tenho paciência para gente piegas, estúpida, azeda, lerda ou retorcida; às vezes faço compras estúpidas e além do orçamento. Tenho apetites estranhos e nas piores alturas; fico impossível quando quero um cigarro e não tenho; compro mais livros do que consigo ler; conduzo muitas vezes em excesso de velocidade; sou desarrumada e indisciplinada e acho que a minha cara, ao acordar, assusta até um fantasma. Pronto, confessei!

A perfeição se existir não é neste mundo, por isso, chega de fingir que somos o supra-sumo da batata, exibindo a mais ignóbil hipocrisia.

Quem ficou decepcionado, azar, porque não há pachorra para “gatas-borralheiras-cinderelas” a não ser nos contos infantis.

Isto não significa que não reconheça os erros e que não tente melhorar, significa, isso sim, que sou humana. Deixemo-nos de merdas porque somos todos humanos com imensos defeitos. Quem não os tiver que atire a primeira pedra!

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Adeus 2013, Bem-Vindo 2014!


No inicio de 2013 disse aqui que estava a despir-me de uma velha pele. Passei o ano inteiro nesse processo. 

Chorei. Muito. Desesperei-me e barafustei. Ri à gargalhada. Aprendi coisas novas. Troquei velhos hábitos. Rompi com velhas crenças e ideias bolorentas. Fiz planos para o futuro...

E o futuro está aí. O meu futuro chega em 2014 trazendo mudanças no sopro do vento. As mudanças que pedi. As mudanças porque esperei. 2014 será o Ano! O Ano em que a vida se renova.

Foram precisos vários anos de "casulo" para chegar aqui. Vários anos de introspecção, interiorização, reflexão... para conquistar uma liberdade há muito desejada e merecida. 

Que venha 2014 com novas cores, novos sabores, novas melodias, novos apelos. Estou de braços e coração abertos para receber o que vier. E o que vier virá por bem e será, sempre, o que é mais dequado para mim. 

Que venha 2014 com a transparência da água fresca para saciar a minha sede de novos começos. 

E assim seja!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A Carta...

Não sei nada de ti...
Há anos que não sei nada de ti.
O que fazes, por onde andas, se és feliz?...
Não sei porque nada me dizes.
Contudo, eu sempre estive aqui.
Tu gostas de charadas, eu não. Nunca gostei.
Ainda que tenha alinhado em charadas tuas no passado, nunca gostei.
Gosto dos olhos nos olhos, das palavras francas e dos corações abertos.
Sabes uma coisa?
Tive uma proposta para emigrar.
Uma proposta irrecusável para quem está farto de viver pela metade.
Para quem deseja fazer algo de concreto, no e pelo mundo.
É bem possível que aceite.
É bem possível que fiques aqui sozinho com as tuas charadas.
Ou então não.
Ou então, podemos tomar um café e conversar.
Como quiseres. É a tua vida, és tu que decides.
"Vai onde te leva o coração" - lembras-te?

Aquele abraço.


P.S.: para ouvires enquanto decides.

sábado, 23 de novembro de 2013

A Não-Inscrição em Portugal



Sou portuguesa. Nasci dois anos antes do 25 de Abril. Não me lembro desse tempo. Era demasiado pequena. Mas sei e sinto que esse tempo não foi bem aproveitado, nem bem vivido e explorado, para a reconstrução de um país, apoiado até então, nos valores de uma ditadura que durou 48 anos. As mentalidades não se reconstruíram, não se reergueram, não melhoraram, antes pelo contrário. Aquela teria sido a oportunidade perfeita para o fazer mas foi desperdiçada. Lamentavelmente desperdiçada. Hoje pagamos todos o preço dessa oportunidade perdida. Os portugueses não sabem o que é viver em democracia, não sabem que liberdade implica, sobretudo, muita responsabilidade e participação activa nos interesses colectivos do país.

José Gil, um dos grandes pensadores do nosso tempo, publicou em 2004 o seu livro "Portugal, Hoje - O Medo de Existir". Um livro que recomendo pela sua eximia caracterização do povo português, e pela sua acutilância pertinente.

É um livro que nos faz reflectir sobe nós próprios enquanto indivíduos e enquanto membros do colectivo que é Portugal.

Neste livro o autor fala amiúde da não-inscrição dos portugueses. Conceito que poderia ser traduzido pela inércia, pela passividade, pelo "deixa-andar" em que os portugueses, de um modo geral, vivem. À espera sabe-se lá do quê ou de quem, que os venha salvar e redimir das suas dores, queixas e reclamações de botequim.

Talvez até pudéssemos dizer, em abono do povo português, que até há poucos anos, não havia em Portugal muitas formas de acção participativa do povo na vida do país, excepto as tradicionais formas de militância politica ou actividade sindical. Hoje isso está longe de ser verdade. Hoje a grande maioria dos portugueses tem acesso, no conforto do seu lar, a formas de se manifestar e de apoiar as causas mais diversas e importantes. Falo da internet, dos fóruns, das páginas do governo, das petições online, das redes sociais.

Mas infelizmente, mesmo com a existência dos meios e o acesso a eles, os portugueses escolhem não participar na defesa dos interesses colectivos. Não participar no futuro do país que vão deixar para os seus filhos, não participar simplesmente...

Um exemplo disso está expresso na imagem que aqui coloquei e que mostra , claramente, a não-inscrição dos portugueses. Pela imagem podemos constatar que pedir a demissão do presidente da FIFA é importante para 134. 000 portugueses, enquanto dizer não à privatização da água em Portugal só é importante para 1029 portugueses.

Que prioridades são estas? Que interesses são estes? Quando a água for privatizada e o seu preço aumentar em 400%, quando a sua qualidade piorar e lhe colocarem aditivos prejudiciais à saúde é o Cristiano Ronaldo que nos vai resolver a questão?

Valeria a pena pensarmos nisto!

Termino com um excerto, muito a propósito, do livro de José Gil, mencionado acima:

"Com efeito, no tempo de Salazar «nada acontecia» por excelência. Atolada num mal difuso e omnipresente, a existência individual não chegava sequer a vir à tona da vida. E o que era uma vida, nesse tempo? Aquilo que ditava o ideal moral do salazarismo: uma sucessão de actos obscuros, com tanto mais valor quanto se faziam modestos, humildes, despercebidos... Onde inscrevê-los, se não havia espaço público e tempo colectivo visíveis; onde, senão na eternidade muda das almas, segundo a visão católica própria de Salazar?
Nisso, como em tantos outros aspectos, o Portugal de hoje prolonga o antigo regime. A não-inscrição não data de agora, é um velho hábito que vem sobretudo da recusa imposta ao indivíduo de se inscrever. Porque inscrever implica acção, afirmação, decisão com as quais o indivíduo conquista autonomia e sentido para a sua existência. Foi o salazarismo que nos ensinou a irresponsabilidade - reduzindo-nos a crianças, crianças grandes, adultos infantilizados."  



sábado, 12 de outubro de 2013

Não, não tinha pressa...



Imagens do filme "A mulher falcão"

Não, não queria o mesmo de sempre, o do costume.
Não me ardo em brando lume, desculpa.
Sou de fogo mais intenso, tenho pena
que a tua hora fosse urgente, e com uma lupa,
tenhas procurado apressar a cena.

Não tinha pressa,
não tenho pressa,
não sou fogo de palha.

Não corro para o que não me interessa,
não me dou a quem não me valha.

O que eu queria era demorado,
suado, 
conquistado, 
conversado, 
sentido, 
reflectido.

E não era garantido.

Tu querias certezas, planos, matemática.
Eu não sou uma equação, um sinal de mais ou de menos,
E mesmo na gramática,
dou alguns erros pequenos.

Sou mais solta, mais...deixa ver...
o que vier...

Eu preciso ser conquistada,
não como um prémio mas como uma aliada
no caminho, 
a percorrer a dois,
depois,
ainda que estivesses sozinho
no durante,
eu estaria mais adiante, 
à tua espera, para te fazer companhia
no final de um dia. 

Um dia qualquer em que me dissesses:
- Vamos ver o mar!

E eu ia,
sem hesitar.
Depois de me conquistares.  

Não, não tinha pressa, 
não tenho pressa.

A Vida é eterna e tudo compensa.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Desencanto



Era o tempo vazio de esperança que me confundia.
Semelhança tardia com o tempo da dança,
do rodopio inebriante e fictício,
de uma vida forjada no vício.

Agora era a névoa sobre os corações.

Até que uma porta se abriu...
mas ninguém entrou e ninguém saiu.
Ficou aberta à espera de um gesto.

Depois ouviu-se o ranger da madeira carunchosa.
O resto?  - O resto é a história lamuriosa de quem por ali passou:   
um certo pássaro curioso, que a curiosidade ali deixou e fugiu, 
um pastor que não tinha rebanho, só tocava flauta,
bichos do mato,
um vira-lata,
e eu.

Sim, também lá estive, à porta do desencanto.
Se sobrevivi para contar a história?
Sim, porque fingi.
Vi estrelas no céu nublado,
vi flores em jardins inférteis
vi a luz em todo o lado,
fiz o sonho ditar as leis!

escrito em 1991

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Tudo começa com um sonho...


Há muito que venho dizendo, àqueles com quem falo, que há muita coisa a mudar no mundo. Contudo, vejo que o pessimismo e a falta de esperança num futuro melhor, persiste. Por isso, resolvi deixar aqui alguns exemplos, de jovens que tive o privilégio de conhecer pessoalmente, em Tamera em 2011, e que estão, cada um à sua maneira, a mudar o mundo.

Começo com o Majed Abusalama, um jovem repórter de Gaza, Palestina. O Majed já foi ferido com gravidade nos conflitos, mas nunca desistiu de lutar pela paz e pelos valores humanos em que acredita. Tem viajado para vários países, no Médio Oriente e na Europa, no sentido de levar a consciencialização, a grupos e figuras de autoridade nesses países, para com a situação Palestiniana e também, apelando à Paz Mundial. 

Esta é a página de FB do Majed e podem vê-lo, sorridente, na foto abaixo.


Um outro exemplo incrível, é o do Philip Munyasia do Kenya. O Philip, através de uma bolsa de estudo, viajou para os EUA onde fez formação em Agricultura Sustentável. De regresso ao seu país, criou e desenvolveu um projecto onde ensina técnicas de permacultura e agricultura biológica e sustentável, ajudando as populações mais pobres a tornarem-se mais independentes no cultivo dos seus alimentos, e a conservá-los durante as estações secas, de forma a terem alimento durante todo o ano. Ao dinamizar grupos de estudo, o Philip tem também um papel importante ao nível da co-operação entre tribos, habitualmente rivais e também na educação das mulheres, muitas vezes excluídas do ensino tradicional. O Philip faz tudo isto através de donativos de amigos e de pessoas em várias partes do mundo que se sensibilizaram para com o seu projecto, a sua coragem e vontade de ajudar os outros. 

Perguntei-lhe: "Philip, como conseguiste criar este projecto, com que dinheiro?" ao que ele respondeu: "Fui pedindo ajuda aos meus amigos. Um dava 10€, outro dava 20€...só precisava do suficiente para ir fazendo alguma coisa. No inicio éramos só 2 pessoas. Hoje somos 8 e 20 voluntários." 
E assim nasceu o seu projecto, que podem conhecer neste site: OTEPIC


"Eu  quero que a minha terra sirva de modelo para esta região" - Philip Munyasia

Mais um exemplo espantoso é o de uma banda musical brasileira. Os "Poesia Samba Soul". Um grupo de jovens da "Favela da Paz" em São Paulo - que é uma das mais violentas do Brasil - que sendo apaixonados pela musica, descobriram que através dela conseguiam chegar a alguns jovens envolvidos em gangues e no tráfico de drogas. Assim nasceu a ideia de criarem uma escola de música, e mais tarde um estúdio. Hoje, este projecto existe como uma alternativa à violência e às drogas para a maioria desses jovens. Em 10 anos,  transformaram uma das favelas mais perigosas de São Paulo, num bairro exemplar.


Podia ainda falar do Yasser do Egipto  ou da Bata da Índia, mas o post já vai longo e por isso termino com um discurso de Talita Soares, uma jovem brasileira, na altura com 18 anos. O discurso intitula-se "We Need a Revolution" e dá voz ao pensamento de muitos jovens por esse mundo fora, que sonham com um mundo melhor para todos. Vale a pena ouvir.




Espero que estas histórias vos sirvam de inspiração nas vossas vidas. Todos estes projectos começaram por ser apenas um sonho. Por isso, não deixem de sonhar e de acreditar nos vossos sonhos. Todos podemos contribuir para um mundo melhor, se acreditarmos que é possível, se unirmos esforços, se tivermos a coragem de dar o primeiro passo, por mais pequeno que seja.

"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" - Fernando Pessoa

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Where is the love?...


A arte tem sido, ao longo dos tempos, uma das melhores e mais utilizadas formas de comunicação. Porque? porque a sua linguagem é universal.

Músicos, cantores, pintores, actores, poetas e escritores em geral, são mensageiros, muitas vezes de uma mensagem Superior, que nos chega, não deles mas através deles. Artistas de um modo geral, são embaixadores das qualidades humanas universais, presentes em todos nós, e muitas vezes, transmissores de grandes verdades, que nem sempre são entendidas pelo homem comum durante a vida do artista, vindo a ser entendidas apenas pelas gerações seguintes. Deste modo, os artistas também são por vezes motores da evolução humana.

É esse o verdadeiro valor da cultura, tantas vezes desvalorizada, e mesmo menosprezada, pelos governos e até pelo público, que prefere entretenimentos "fast-food" sem o mínimo de qualidade.

Um exemplo disso são as "canções da moda" que ficam no ouvido mas que nada nos acrescentam.

Por isso decidi colocar aqui um exemplo contrário. De uma canção cuja letra nos toca a todos, transmitindo uma mensagem que a todos diz respeito. 

A maioria de nós, na sua correria diária, reflexo de uma sociedade que privilegia o "fazer dinheiro" e o "consumir" em vez do ser, do aprender e de contemplar, até pode ouvir canções como esta mas não lhe presta a devida atenção. Por isso incluí também a letra para que leiam enquanto escutam. Espero que gostem e que se sintonizem com a mensagem transmitida. 




"Where is the Love?"

What's wrong with the world, mama
People livin' like they ain't got no mamas
I think the whole world addicted to the drama
Only attracted to things that'll bring you trauma

Overseas, yeah, we try to stop terrorism
But we still got terrorists here livin'
In the USA, the big CIA
The Bloods and The Crips and the KKK

But if you only have love for your own race
Then you only leave space to discriminate
And to discriminate only generates hate
And when you hate then you're bound to get irate, yeah

Madness is what you demonstrate
And that's exactly how anger works and operates
Man, you gotta have love just to set it straight
Take control of your mind and meditate
Let your soul gravitate to the love, y'all, y'all

People killin', people dyin'
Children hurt and you hear them cryin'
Can you practise what you preach
And would you turn the other cheek

Father, Father, Father help us
Send some guidance from above
'Cause people got me, got me questionin'
Where is the love (Love)

Where is the love (The love)
Where is the love (The love)
Where is the love, the love, the love

It just ain't the same, old ways have changed
New days are strange, is the world insane?
If love and peace are so strong
Why are there pieces of love that don't belong?

Nations droppin' bombs
Chemical gasses fillin' lungs of little ones
With ongoin' sufferin' as the youth die young
So ask yourself is the lovin' really gone

So I could ask myself really what is goin' wrong
In this world that we livin' in people keep on givin' in
Makin' wrong decisions, only visions of them dividends
Not respectin' each other, deny thy brother
A war is goin' on but the reason's undercover

The truth is kept secret, it's swept under the rug
If you never know truth then you never know love
Where's the love, y'all, come on (I don't know)
Where's the truth, y'all, come on (I don't know)
Where's the love, y'all

People killin', people dyin'
Children hurt and you hear them cryin'
Can you practise what you preach
And would you turn the other cheek

Father, Father, Father help us
Send some guidance from above
'Cause people got me, got me questionin'
Where is the love (Love)

Where is the love (The love)?
Where is the love (The love)?
Where is the love (The love)?
Where is the love (The love)?
Where is the love (The love)?
Where is the love (The love)?
Where is the love, the love, the love?

I feel the weight of the world on my shoulder
As I'm gettin' older, y'all, people gets colder
Most of us only care about money makin'
Selfishness got us followin' the wrong direction

Wrong information always shown by the media
Negative images is the main criteria
Infecting the young minds faster than bacteria
Kids wanna act like what they see in the cinema

Yo', whatever happened to the values of humanity
Whatever happened to the fairness and equality
Instead of spreading love we're spreading animosity
Lack of understanding, leading us away from unity

That's the reason why sometimes I'm feelin' under
That's the reason why sometimes I'm feelin' down
There's no wonder why sometimes I'm feelin' under
Gotta keep my faith alive 'til love is found
Now ask yourself

Where is the love?
Where is the love?
Where is the love?
Where is the love?

Father, Father, Father, help us
Send some guidance from above
'Cause people got me, got me questionin'
Where is the love?

Sing with me y'all:
One world, one world (We only got)
One world, one world (That's all we got)
One world, one world
And something's wrong with it (Yeah)
Something's wrong with it (Yeah)
Something's wrong with the wo-wo-world, yeah
We only got
(One world, one world)
That's all we got
(One world, one world)


sábado, 22 de junho de 2013

Deixa o teu umbigo em paz!....



Este video é obrigatório! São apenas 4 minutos do teu tempo.

O Sol é para todos, certo? O planeta é de todos, certo? A água e comida é para todos, certo? O ar que respiramos é para todos, certo?

Sendo assim estás incluído. Este post é para ti.

Sabes o que significa a Lei das Sementes no que diz respeito à perda de biodiversidade, à possibilidade de corporações monstruosas como a Monsanto introduzirem no mercado apenas sementes geneticamente modificadas, forçando o uso pelos agricultores dos seus (da Monsanto) pesticidas?

Sabias que na Índia, devido a estas corporações e leis tem havido inúmeros suicídios de agricultores que sucumbem às dívidas geradas por esta situação?

Sabias que devido ao uso de pesticidas a população de abelhas está a diminuir drasticamente, o que significa que em breve vamos deixar de ter muitos dos alimentos que temos, e que existem graças à polinização das abelhas?

Sabias que a Monsanto pretende "tomar controlo" de toda a alimentação produzida no mundo, introduzindo alimentos geneticamente modificados e causadores de doenças?

Sabias que no passado dia 25 de Maio houve um protesto em cerca de 400 cidades do mundo inteiro com cerca de 2 milhões de pessoas, organizado pelo movimento "March Against Monsanto"?

Sabias que os alimentos geneticamente modificados (GMO) foram banidos de toda a Europa, excepto Portugal e Espanha,  mantendo assim caminho aberto para a Monsanto nestes países?

Sabias que o Presidente da Nestlé disse: "Os seres humanos não têm direito à água. Devia ser privatizada."? Sabias que ele defende que os governos deveriam garantir apenas, para cada pessoa  e por dia, 5l de água para beber e 25l para higiene pessoal, e que o restante consumo teria de ser gerido segundo critérios empresariais?

Sabias que se a água for privatizada podem colocar-lhe o "veneno" que entenderem? Sabias que nos EUA é usado flúor na água e que isso está a causar inúmeras doenças?

Enquanto tudo isto se passa no mundo estás a fazer o quê? Como ocupas o teu tempo livre? Que notícias lês?

Sabias que grande parte desta informação circula nas redes sociais como o Facebook e que muitos movimentos de protesto e petições são organizados através delas? 

Usas o Facebook para receber e partilhar informação pertinente, aumentando assim a tua própria consciência do que se passa, bem como a dos teus amigos?

Sabias que a maior parte das "distracções" da nossa sociedade não são acidentais? são formas de manter o povo alheado e desinformado?

Ainda achas que nada disto te diz respeito e o importante mesmo é o teu umbigo?

Se quiseres pensar melhor ficam aqui alguns links importantes.

Para os que acham que nada têm a ver com isto, deveria haver uma nave espacial à disposição para os levar para a lua e deixá-los lá!


"Na luta entre o bem e o mal, o mal acaba sempre por ganhar quando o bem nada faz"


Movimento "March Agaisnt Monsanto"
http://www.march-against-monsanto.com/


Petições:

Contra a privatização da água
http://www.peticaopublica.com/pview.aspx?pi=P2011N11644

Contra a Lei das Sementes
http://gaia.org.pt/node/15912