quinta-feira, 30 de junho de 2011

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Primeiro era o vazio, o nada.
Apenas uma bola enorme de fumo.
Era o tempo de esperança, do devir.


Das brumas, entre veios de nuvens, surgiu um raio de luz... 
Subindo no ar compacto, reflexos arroxeados projectando-se no infinito, formaram, em várias tonalidades, figuras estranhas.
Figuras moldadas na consistência ainda nublosa dos tempos.
Daquelas formas disformes e ténues, algo se começou a desenhar...


...reconheci-te!


Envolto em luz e véus de vapor, reconheci-te!
Do nada surgiu a forma suave de um corpo sem destino traçado, sem mancha de vício ou capricho.


Depois o tempo cresceu, transformou-se ...


...voltei a encontrar-te!


Num tempo distante do início dos tempos, marcado pelo ritmo acelerado da vida, das mudanças, encontrei-te! Eras tu! O mesmo que reconheci no dia primeiro.
Que bom ter-te encontrado!
Cansada  dos séculos de ansiosa espera, poderia enfim descansar entre os teus braços!


escrito em 1991   

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mudança de Paradigma



Estamos no limiar de um Novo Paradigma, mas até lá, até à viragem absoluta, ainda vai doer um bocadinho. Segurem-se pois, ao assento da montanha russa e deixem-se ir, aproveitem a viagem, sabendo que por mais curvas, descidas abruptas e loopings que tenhamos pela frente, um dia o turbilhão irá dar lugar a algo novo e muito mais tranquilo.

No livro "O Tao da Física"  de Fritjof Capra, podemos ler no prefácio à segunda edição:

"Quando descobri o paralelo entre a visão do mundo dos físicos e dos místicos, sugerida anteriormente mas nunca profundamente explorada, tive a nítida sensação de que estava meramente a aclarar o que era óbvio e seria dado adquirido no futuro; por vezes, durante a escrita de "O Tao da Física", cheguei a sentir que estava a fazê-lo através de mim, mais do que por mim."

O Tao da Física foi um livro marcante na época (1974) e continuou a agitar algumas águas desde então.

Mais recentemente um físico que se tornou bastante conhecido depois da sua intervenção no documentário "What The Bleep do We Know!?", de seu nome, Amit Goswami, refere-se à leitura deste livro como um ponto importante na viragem da sua carreira.

Amit Goswami é indiano e por isso "bebeu" todo um manancial de conceitos místicos durante a sua infância e adolescência, mas os imperativos da carreira como físico levaram-no a afastar-se desses ensinamentos e a entregar-se por completo ao materialismo cientifico.

Até que, os seus próprios processos pessoais o levam a uma nova abordagem da própria ciência: "Foi muito útil neste particular um livro do filósofo Thomas Kuhn, que estabelece uma distinção entre pesquisa de paradigma e revoluções científicas, que mudam paradigmas; era tempo de chegar à fronteira da física e pensar em uma mudança de paradigma."

Para quem não conhece, deixo AQUI um site sobre este físico e escritor que tem vindo a abalar o mundo da física quântica, fazendo pontes com a espiritualidade.

Para mais informação deixo também uma ENTREVISTA com Amit Goswami.

Bem vindos a um pequeno vislumbre do futuro!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Céu existe mesmo!

 

Lua de Papel publica livro mais vendido nos EUA

 Notícia do Destak:

O best-seller «Heaven is for Real» («O Céu existe Mesmo», em tradução), de Todd Burpo e Lynn Vincent, que dá a conhecer a história real do menino americano que esteve no Céu, e foi alvo de uma ampla cobertura mediática nos EUA, será publicado este mês em Portugal pela Lua de Papel.

Com 2,5 milhões de exemplares vendidos em pouco mais de 6 meses, o livro é best-seller n.º1 na Amazon, Barnes and Noble e New York Times. «Heaven is for Real» é o livro mais vendido de 2011 nos EUA e os direitos de tradução já foram vendidos para 27 países.

Noticiado por canais televisivos como a CNN ou a FoxNews, ou jornais como o New York Times, «O Céu Existe Mesmo» é uma história real que está a comover milhões de leitores na América.

O livro narra a história de Colton Burpo, o menino que, aos 4 anos, depois de ter sido submetido a uma cirurgia no decurso da qual esteve entre a vida e a morte, começou a falar com os pais sobre os anjos que o tinham visitado durante a operação à apendicite aguda, dos seus encontros com Deus e com Jesus, das visões que teve durante a cirurgia, da mãe e do pai a rezarem enquanto ele era operado.

Nos anos seguintes, nas alturas mais inesperadas, a criança recordaria a sua breve passagem pelo céu. Vinham-lhe à memória imagens de factos que não conhecia, nem poderia conhecer: como o bisavô, que tinha morrido há mais de 30 anos, ou a “irmãnzinha mais nova” – um aborto da mãe mantido há anos em segredo pela família.

Todd Burpo, pai mas também homem da Igreja, encarou a situação com enorme cepticismo. Investigou sobre o assunto, e aos poucos teve de se render à evidência: o seu filho tinha de facto visitado o céu, e trazia consigo uma importante mensagem para partilhar.

Assim que os pais de Colton decidiram revelar os relatos da extraordinária visita do filho ao céu, o livro tornou-se de imediato num fenómeno editorial sem precedentes.



Livro já à venda em Portugal

sábado, 4 de junho de 2011

A Árvore da Vida


Um filme sobre Deus, a Criação do Universo, a Vida, o Amor e as nossas escolhas.

Com imagens lindíssimas, é um filme profundo, perturbador e acutilante.

Dois caminhos: 


- O da mãe é o caminho com e para Deus. O caminho da alegria, do amor, da temperança e da fé. No entanto, tudo isso é profundamente abalado aquando de uma perda irreparável. Ainda assim, depois de um luto sofredor a mãe encontra a paz proporcionada pela capacidade de entrega e de rendição.

- O do pai é o caminho do homem mundano. Retrata a separação em relação a Deus, a vontade de se ser um deus na Terra, a ganância, a ambição, a violência. Mas também ele descobre o dom da humildade e desperta finalmente do sono hipnótico que anestesia grande parte da humanidade.

O filho mais velho faz a síntese, dentro de si, de ambos os caminhos.
Em certa medida, segue as pisadas do pai mas as memórias do passado vão transportá-lo de volta às origens e a si próprio.

O filme acaba e ouço na fila da frente: "-Nunca fui tão torturada!"

É assim que muitos vão reagir. Outros vão-se perder em análises a propósito do complexo de édipo e outros ainda vão apenas tecer considerações sobre a construção do filme. E todos têm razão porque o filme dá azo a tudo isso e muito mais. Mas cada um escolhe aquilo a que dá mais valor.

Apesar de toda a controvérsia e de ter sido vaiado em Cannes, o filme recebeu a Palma de Ouro. Essa já ninguém lhe tira.

Termino com duas frases do filme:

"Ama a todos, encanta-te, perdoa"

"O importante é o amor . Se não amares a vida passa num segundo"