Part I
Manvantara - Um dia de Brahmâ - período de manifestação do Cosmos equivalente a 4.320.000.000 anos solares
Pralaya - Uma noite de Brahmâ - período de repouso do Cosmos equivalente a 4.320.000.000 anos solares
um Ano de Brahmâ - 3.110.400.000.000 anos solares
Mahamanvantara - 100 anos de Brahmâ ou período completo da Idade de Brahmâ - período de actividade do Cosmos equivalente a 311.040.000.000.000 anos solares
Mahapralaya - período de inatividade do Cosmos equivalente a 311.040.000.000.000 anos solares
Os termos acima são encontrados na tradição Hindu, anterior ao Cristianismo e mais recentemente, (Séc. XIX) na Teosofia.
Part II
Discover Magazine - April 2008, pag. 54 - "The Day Before Genesis"
(...) In the standard interpretation of the Big Bang, which took shape in the 1960s, the formative event was not an explosion that occurred at some point in space and time—it was an explosion of space and time. In this view, time did not exist beforehand. Even for many researchers in the field, this was a bitter pill to swallow. It is hard to imagine time just starting: How does a universe decide when it is time to pop into existence?
(...) The prospects for making sense of the Big Bang began to improve in the 1990s as physicists refined their ideas in string theory, a promising approach for reconciling the relativity and quantum views. Nobody knows yet whether string theory matches up with the real world—the Large Hadron Collider, a particle smasher coming on line later this year, may provide some clues (...)
The key concept turned out to be a “brane,” a three-dimensional world embedded in a higher-dimensional space (the term, in the language of string theory, is just short for membrane). “People had just started talking about branes when we set up the conference,” Steinhardt recalls. “Together Neil and I went to a talk where the speaker was describing them as static objects. Afterward we both asked the same question: What happens if the branes can move? What happens if they collide?”
A remarkable picture began to take shape in the two physicists’ minds. A sheet of paper blowing in the wind is a kind of two-dimensional membrane tumbling through our three-dimensional world. For Steinhardt and Turok, our entire universe is just one sheet, or 3-D brane, moving through a four-dimensional background called “the bulk.” Our brane is not the only one; there are others moving through the bulk as well. Just as two sheets of paper could be blown together in a storm, different 3-D branes could collide within the bulk.
(...) Three years later came a second epiphany: Steinhardt and Turok found their story did not end after the collision. “We weren’t looking for cycles,” Steinhardt says, “but the model naturally produces them.” After a collision, energy gives rise to matter in the brane worlds. The matter then evolves into the kind of universe we know: galaxies, stars, planets, the works. Space within the branes expands, and at first the distance between the branes (in the bulk) grows too. When the brane worlds expand so much that their space is nearly empty, however, attractive forces between the branes draw the world-sheets together again. A new collision occurs, and a new cycle of creation begins. In this model, each round of existence—each cycle from one collision to the next—stretches about a trillion years. By that reckoning, our universe is still in its infancy, being only 0.1 percent of the way through the current cycle.
The cyclic universe directly solves the problem of before. With an infinity of Big Bangs, time stretches into forever in both directions. “The Big Bang was not the beginning of space and time,” Steinhardt says. “There was a before, and before matters because it leaves an imprint on what happens in the next cycle.”
The standard model of the early universe predicts that space is full of gravitational waves, ripples in space-time left over from the first instants after the Big Bang. These waves look very different in the cyclic model, and those differences could be measured—as soon as physicists develop an effective gravity-wave detector. “It may take 20 years before we have the technology,” Turok says, “but in principle it can be done. Given the importance of the question, I’d say it’s worth the wait.”
Meu Deus! e tanto alvoroço para separar o conhecimento mistico ou religioso do conhecimento ciêntifico! Ainda não percebereram que ambos convergem na mesma direcção? - "Seek and you sall find" - diz-vos alguma coisa?
Claro que (e necessariamente) os métodos são distintos. Mas não vos parece que os métodos ciêntificos são desmesuradamente mais lentos, artificiais e caros para o ser humano (em todos os sentidos que a palavra caro pode aqui assumir)?
8 comentários:
Ora vamos lá a ver, por partes
Conhecimento religioso. O que é? Uma construção complexa de textos e ideias. Diferentes povos fizeram diferentes construções destas. Quase completamente incompatíveis. Há alguma verdade por detrás, algum verdadeiro conhecimento que ultrapasse as estratégias das sociedades da época?
Penso que sim. Aqui e além encontro coisas que sei, com o meu saber especial, que são verdadeiras. Mas penso também que só o identifica quem chegou até ele por outras vias.
Quem vai à procura da Verdade na Religião não sabe nem identificar o que está certo nem o que está errado. Logo, não obtem nenhum conhecimento se se limitar à Religião.
Conhecimento científico. Durante quase dois milénios a ciência jurou que a Terra era o centro do Universo e perseguiu quem disse o contrário. Todas essas afirmações sobre o bigbang são um imenso disparate, tal como o foi o disparate de considerar que a Terra era o centro do Universo. Igualzinho, devido exactamente ao mesmo tipo de erro lógico.
Apesar de tudo, alguns aspectos do conhecimento cientifico são sólidos.
A Religião, para quem não a ultrapassa, fornece apenas a ilusão do saber
E, nisso, estás certa: dar essa apetecida ilusão de saber, a Religião consegue-o com muito menos confusão do que a Ciência.
(mas com a ciência sempre acabamos por perceber que a Terra anda à volta do Sol)
O caminho do conhecimento é um caminho de descoberta e quem anda nesse caminho não despreza fonte nenhuma - o Newton dedicou muito tempo à religião, coisa que alguns biógrafos interpretam como sendo devido a uma fase de debilidade mental por intoxicação com as suas experiências alquimicas (???). O Newton buscava o Conhecimento. E encontrou uma parte dele.
O que move o "Jorge" foi ter encontrado na "religião" uma prova crucial de algo que ele suspeitou.
Em resumo, quem busca realmente o Conhecimento não rejeita nenhum caminho; não sei se os vários caminhos convergem, penso antes que se complementam: aqui emcontramos uma pista, além outra.
eu queria ter feito um comentário todo giro sobre esta questão da ciencia versus religião...
mas acabei por me lembrar de uma boa piada sobre o Large Hadron Collider, e que penso que ficará a matar no contexto desta questão existencial.
remeto para um comic-strip que leio diáriamente e que neste dia, fez uma referencia bem interessante:
http://ars.userfriendly.org/cartoons/?id=20080406
espero que não me levem a mal :)
bjs
falta explicar um pouco a piada do cartoon...
aparentemente alguem usou um LHC nos confins da galaxia... e agora está lá um buraco negro...
:)
há algo mais importante do que duração do universo. No livro Gravitation pode ler-se:
"Concepts of very early Indian cosmolog (summarized by Zimmer, 1946): "One thousand mahayugas - 4,320,000,000 yrs of human reckoning - constitute a single day of Brahmã, a single kalpa... I have known the dreadful dissolution of the universe. I have seen all perish, again and again, at every cycle. At that terrible time, every single atom dissolves into the primal, pure waters of eternity, whence all originally arose."
Esta descrição do ciclo da matéria é exacta, palava por palavra. A Ciência ainda o não sabe, mas a antiga cosmologia indiana já o sabia. Dá que pensar...
That's exactly may point Alf!
"Todos os mundos e todos os céus alternam do estado de ser ao de não-ser. Ao fim de um kalpa são absorvidos por Brahman e desaparecem, para reaparecer no início de um novo kalpa.
O Dia de Brahmá, ou manwatara, é o vasto período de manifestação do Universo, e a Noite de Brahmá, ou pralaya, é o período de sua dissolução ou repouso, quando desaparece o Universo objetivo (a grande ilusão) e impera a vida real no Cosmo.
Yuga, vasto perído de tempo. Por yuga, deve-se entender aqui um maháyuga, um período de quatro yugas. Os ciclos de existência obedecem à seguinte contagem de tempo:
1 maháyuga compreende 4.320.000 anos solares.
71 maháyugas constituem o período de um Manu (Humanidade), ou 306.720.000 anos solares.
1000 maháyugas formam um Dia de Brahmá, ou kalpa, compreendendo 4.320.000.000 anos solares.
360 Dias de Brahmá, com suas noites de igual duração, formam um Ano de Brahmá, com 3.110.400.000.000 anos solares.
100 Anos de Brahmá formam uma Idade de Brahmá, para ou mahákalpa, com 311.040.000.000.000 anos solares."
Ao que parece, Carl Sagan interessou-se pela cosmologia Hindu mas presumo que não deve ter tido apoio dos seus pares ;)
Este post vai ter sequência. Há muito para falar sobre este tema.
Na ciência como na religião, os credos são difíceis de ultrapassar...
Hoje no credo científico está:
... creio no big-bang como única forma criadora do universo e no aquecimento global que no vem redimir dos nossos pecados consumistas...
Olha o chapéuzinho... da ciência e do gatinho!
Tem-no o original... mas científico final!
Pois, é a metade direita... mai-la a esquerda assim bem feita...
...formando um cerebrozinho... mais que muito tão vivinho! :)
Bem, hora de deixar a parvoíce... não ligues, é só tontice! ;)
Anyway... e autoconhecimento também serve... desse cálice se bebe?!
Alguém bateu à porta da Bem-Amada, e uma Voz perguntou:
- Quem está aí?
E o Amante respondeu - Sou eu.
A Voz então disse:
- Nesta casa não cabem dois.
E a porta continuou fechada. Então o Amante foi embora e retornou passado um ano.
Bateu novamente à porta.
E de novo a Voz perguntou:
- Quem é?
E ele respondeu:
- Sou TU!
E a porta lhe foi aberta.
Rumi
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