Sagrada Família, óleo sobre tela de Francisco Bayeu (Zaragoza, 1734 - 1795)
Este ano decidi passar o Natal sozinha. Aparentemente esta decisão não corresponde ao que era esperado de mim pois logo me fazem um discurso de estranheza como se eu fosse uma sem-abrigo, coitadita.
Ora, não é nada disso. Simplesmente este ano quero usar o Natal como um período para parar, pensar e interiorizar. Algo que me parece muito propício fazer nesta quadra.
Vou cozinhar o tradicional bacalhau, vai haver doces e vinho, musica ambiente, velas e incenso. Mas não vou partilhar isso com ninguém porque me apetece a paz e o sossego de uma noite tranquila, sem stress, sem viagens, e sem engarrafamentos. É na verdade uma forma bastante despretensiosa e espiritual de viver o Natal.
O Natal é uma celebração cujas origens se perdem no tempo. Hoje em dia o sentido tradicional do Natal já se perdeu no meio de tanta filhós e de tanto papel de embrulho.
O Natal simboliza o nascimento do Messias, o mensageiro de Deus. Quantos é que ainda se detêm para pensar sobre isto? Quantos se sentem verdadeiramente imbuídos do espírito do Natal? e no entanto, como se foram criando tradições mundanas à volta desta data, tornaram-se escravos dessas tradições.
Muitos celebram o Natal apenas porque sim. Porque a maioria o faz.
Quem já me conhece sabe bem que eu não sigo a "carneirada" e que dificilmente faço "fretes", por isso não estranhem que o meu Natal este ano seja diferente.
Que tenhamos todos a coragem de sermos cada vez mais autênticos e verdadeiros connosco próprios e que nunca nos falte a capacidade de questionar e de fazer desvios se for o caso. Nem sempre os caminhos mais percorridos são os que melhor se adequam a nós.
Desejo a todos que este Natal vos traga amor, paz, alegria e muita luz!
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