Um Eremita nos Himalaias é um livro fascinante de Paul Brunton. Escrito na primeira metade do século XX, é simultâneamente um livro de viagens e um livro de reflexões espirituais.
As deliciosas descrições das magnificas paisagens transportam-nos numa viagem, com o autor como guia, a estas longínquas e gélidas paragens.
Quase que sentimos o frio e as brisas geladas mas somos também recompensados com a visão das majestosas cores do nascer do sol nos picos e glaciares.
Ali, num casebre isolado, temporariamente ocupado pelo escritor, quais testemunhas à distância, ouvimos o som dos pássaros e do vento nas folhas das árvores e partilhamos com ele longos períodos de contemplação da natureza no seu mais puro e inexplorado esplendor.
E é no meio deste inebriante despertar dos sentidos que este livro nos leva ainda mais longe e mais fundo numa outra viagem. A viagem ao nosso interior.
Inspirado pelas mais antigas tradições Orientais, Paul Brunton procura acima de tudo o contacto com o seu Eu Superior e mostra-nos como percorrer esse caminho. Apesar de ser um ocidental e de viver numa época de grande expansão da técnica e da ciência, Paul Brunton decide largar todo o conforto civilizacional e partir em busca de si próprio numa tentativa, diria eu - bem sucedida, de resgatar a sua essência, aquela parte de cada um de nós que jaz adormecida sob as camadas de egocentrismo e materialismo exacerbados, tão comuns ainda nos nossos dias.
Por tudo isto e mais um tanto este livro é extremamente apetecível. Muito bem escrito e de leitura muito fácil.
Vale a pena ler!
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