Actualmente,
para sustentar o nosso estilo de vida, já precisamos de 1,5 planetas.
É
verdade que o planeta tem a sua capacidade de auto-regeneração, mas nós estamos
a consumir mais e mais rapidamente do que a Terra consegue repor. O que
consumimos num ano a Terra leva 18 meses a recuperar.
Se
considerarmos, hipoteticamente, que em Janeiro a Terra tinha 100% da sua
capacidade de recursos disponível, com o actual ritmo de consumo, quando
chegarmos a Agosto já esgotámos os 100%.
De Agosto a Dezembro estaremos a consumir além daquilo que a Terra nos pode
dar. Se continuarmos a este ritmo, segundo projecções da “Global Footprint Network”, em 2050
iremos precisar de entre 3 a 5 planetas.
Só
um cego não veria que se impõe uma mudança radical dos nossos hábitos e estilo
de vida. No final das contas temos apenas um planeta para nos sustentar, por
isso, quando me dizem que eu sou utópica quando falo de uma mudança de paradigma;
que sou utópica quando falo da necessidade de voltarmos a viver em pequenas
comunidades auto-sustentáveis; que sou utópica quando digo que nos deveríamos
libertar do jugo do dinheiro, apetece-me responder que utopia é acreditar que
podemos continuar a aumentar os níveis de consumo e destruição do planeta,
porque entretanto vão surgir mais 2 ou 3 planetas para alimentar o nosso
consumo desenfreado.
Apetece-me
responder que utopia é acreditar que nada precisa mudar e que não haverá
consequências negativas das atrocidades que estamos a cometer contra o planeta
e o meio-ambiente.
Uma
mudança radical não é uma utopia, é uma necessidade! A menos que queiramos
deixar para os nossos filhos um planeta assim:
Um comentário:
essas contas são muito complicadas... mas sem dúvida que há um consumismo parvo. Como as pessoas já não se divertem a fazer, nem sabem, compram...A mim moem-me a cabeça porque eu não compro...
Postar um comentário